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12 de setembro de 2024Notícias
Universidades fortalecem negócios de impacto em Belém
Universidades de Belém, como o CESUPA e a UFPA, estão integrando a agenda ESG e o empreendedorismo de impacto em seus currículos, com foco nos desafios da Amazônia. Com o apoio da Coalizão pelo Impacto, incentiva alunos a desenvolver negócios socioambientais e a permanecer na região
Em uma universidade de Belém, impacto social e ambiental valem nota. Os temas da agenda ESG, com foco especial na resolução dos problemas que a região amazônica possui, fazem parte do currículo acadêmico de todos os cursos de graduação, independente da área. Esse mindset pioneiro é um pilar institucional do CESUPA, Centro Universitário do Estado do Pará, e conta com o suporte da Coalizão pelo Impacto, programa nacional que visa promover o desenvolvimento de negócios de impacto.
Além de provas e trabalhos acadêmicos que abordam temas da agenda, a universidade também fomenta o empreendedorismo e o intraempreendedorismo social e ambiental entre os estudantes. Por trás de projetos que resolvem problemas socioambientais da região amazônica ao mesmo tempo em que visam retorno financeiro, a iniciativa também procura produzir um outro impacto positivo: a retenção dos talentos na região, já que é comum que estudantes formados ali procurem oportunidades de trabalho em outros mercados, gerando uma carência de iniciativas e de expertises no Pará.
Mas engajar os alunos não basta. É preciso mentorá-los e prepará-los para o mercado, como acontece no Empreende Amazônia, programa de incubação, totalmente gratuito, dedicado a apoiar empreendedores brasileiros ao longo de seis meses, impulsionando seus modelos de negócios e contribuindo com a Bioeconomia e a preservação da Floresta Amazônica. Implementado pelo CESUPA, ele conta com a participação de parceiros relevantes como a ONU e o governo do Reino Unido.
Os alunos também aprendem na prática o que é empreender e inovar com impacto positivo por meio do Amazon Experience. O evento, que está na quarta edição, abrangeu nas três primeiras alunos de Ciências da Computação. Com a parceria da Coalizão pelo Impacto, a edição deste ano foi aberta para todos os cursos. A maratona contou com a participação de 45 alunos (8 equipes). O desafio consiste em desenvolver negócios (produtos ou serviços) que atendam às necessidades da região Amazônica.
“A premiação vai ser decidida não apenas nos limites acadêmicos ou das empresas apoiadoras. A comunidade é quem vai escolher quais soluções são as que mais atendem às suas necessidades. Isso é gerar impacto e gerar valor na ponta, no público final”, explicou Suze Oliveira, líder da Escola de Negócios do CESUPA e interface do Centro no programa Universidade +Engajadas, iniciativa da Coalizão com o objetivo de engajar professores e Instituições de Ensino Superior na agenda de investimentos e negócios de impacto.
Outra universidade engajada na causa de impacto na região é a UFPA. “Trata-se de uma temática muito bem-vinda na cidade, pois o contexto de Belém já é um contexto de luta, de proteção de sua floresta, de seus insumos”, afirma Camila Aloi, gerente do programa Instituições de Ensino Superior. Ela explica que a Universidade faz um forte trabalho de desenvolvimento do empreendedorismo social com a rede Enactus, que foca em trabalhos de extensão universitária.
A Enactus é uma organização internacional sem fins lucrativos que se dedica a inspirar jovens universitários a transformar vidas por meio da ação empreendedora. Em julho de 2024, a equipe Enactus da UFPA ficou em segundo lugar nacional no ENEB – Evento Nacional Enactus Brasil, momento de celebração do impacto alcançado pela rede em cada ciclo de um ano. O evento reúne universitários, líderes acadêmicos e executivos para interagir e trocar experiências em uma jornada de quatro dias com rodas de conversa, palestras, exposição científica e competição.
Outro projeto premiado do time Enactus UFPA é o Aruanas, iniciativa inovadora de bioeconomia que utiliza insumos regionais e resíduos de frutas como laranja e banana para produzir geléias e barras de cereais nutritivas, incorporando frutos amazônicos como cupuaçu e bacuri. O projeto oferece produtos com aromas e sabores únicos e promove a inclusão de comunidades de agricultores familiares, contribuindo para a geração de renda nessas regiões (saiba mais).
“A UFPA é muito cuidadosa e protetora dos conceitos da Amazônia. Isso é muito valioso. Eles entendem a gigante biodiversidade da Amazônia, entendem que essa biodiversidade é subutilizada e só quem entende a potência dessa bioeconomia são os próprios amazônidas”, completa Camila Aloi.
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