Chamada de financiamento vai além do apoio monetário
29 de fevereiro de 2024Caminhos para conectar as organizações que compõem os ecossistemas de apoio aos negócios de impacto
29 de fevereiro de 2024Notícias
Intercâmbio de experiências fortalecem os projetos
Chamada de Impulso Colaborativo aproxima organizações de cidades diferentes
A troca de experiências entre diferentes regiões tem contribuído para fortalecer os negócios de impacto. De olho no potencial que o intercâmbio de ideias pode proporcionar, a Coalizão pelo Impacto lançou o edital ‘Chamada Impulso Colaborativo’, iniciativa que visa fortalecer a colaboração entre organizações que têm atuado com o tema dos negócios de impacto nas seis cidades do programa: Belém, Brasília, Campinas, Fortaleza, Paranaguá e Porto Alegre. Célia Cruz, anteriormente diretora executiva do ICE, atual diretora do Instituto Beja, explica que, das 61 propostas inscritas no edital, cinco foram selecionadas para receber um apoio financeiro de R$ 10 mil. Cada proposta envolvia ao menos duas organizações de cidades diferentes que propuseram atividades de troca de conhecimento (visitas locais, intercâmbio de metodologias, participação em eventos etc) que pudessem contribuir para aprendizados e promoção de inovações sociais ligadas ao atendimento de negócios comprometidos com impacto socioambiental.
Uma dessas iniciativas uniu Belém, Fortaleza e Brasília para incentivar o empreendedorismo com um viés de inclusão social. Para a empreendedora social Emanuelly Oliveira, fundadora do Social Brasilis, em Fortaleza (CE), garantir a inclusão produtiva da base da pirâmide é um dos principais objetivos e desafios das cidades brasileiras. Neste contexto, a conexão entre Fortaleza, Belém e Brasília foi de grande importância”, diz ao lembrar que na construção de Brasília a maioria dos trabalhadores eram nordestinos. Formou-se ali, comenta Emanuelly, uma grande periferia, a cidade satélite de Ceilândia agrupando a maior população de nordestinos fora do nordeste. “Belém, por sua vez, tem uma periferia diversa. A troca de conhecimento e adaptações dos resultados para cada região é fundamental neste processo todo”, avalia.
Ela cita o caso de uma empreendedora de Belém que trabalha com reciclagem, problema grave de Brasília, que tem um histórico de crescer em torno do lixão. “A conexão com essa mulher que dá a destinação correta para o lixo e garante uma renda aos trabalhadores pode trazer uma nova possibilidade para a cidade satélite do Distrito Federal, que ainda sofre para dar a destinação correta ao lixo”, comenta Emanuelly. Ela destaca ainda a necessidade de políticas públicas destinadas aos empreendedores de impacto. Ela menciona a situação dos pequenos empreendedores de Belém, que precisam de certificação igual a de uma multinacional para atuar com certos produtos. “É o caso da andiroba, que é um óleo de lá, mas que eles compram de São Paulo porque não têm a certificação, que é muito cara”, comenta. “Em Fortaleza, já realizamos uma reunião entre atores locais, criando um cronograma de informação e estamos conseguindo organizar esse ecossistema de impacto trazendo todos os agentes. Em Belém e em Brasília ainda não vi isso, então, podemos contribuir com a nossa experiência.”
Todas essas visitas, intervenções e entrevistas nas três localidades vai gerar um guia de letramento inclusivo e que terá distribuição gratuita em formato de cartilha com o objetivo de levar as experiências e conhecimentos dessas regiões para outros lugares.Para conhecer mais sobre a Chamada Impulso Colaborativo e os projetos apoiados, acesse aqui.
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