Curso de Liderança Sistêmica inspira planejamento estratégico da Coalizão em 2025

A formação de cinco meses fortaleceu conselheiros das cidades do programa em habilidades socioemocionais, autoconhecimento e relações interpessoais

O Curso Liderança Sistêmica, realizado entre maio e outubro e oferecido pela Coalizão pelo Impacto, teve como objetivo fortalecer conselheiros das cinco cidades do programa. Durante quatro encontros, facilitados pelas consultoras Márcia Alexandre e Silvia Sá, da Mandaçaia Social, especialistas em terceiro setor e responsabilidade socioambiental, os participantes desenvolveram habilidades socioemocionais, práticas de autoconhecimento e relação interpessoal. 

Cada encontro recebeu um nome simbólico: semente (junho), cultivo (agosto) e floresta (outubro), em formato presencial e também, virtual. No primeiro encontro, foram abordados temas como: autoconhecimento e empatia. O segundo focou na conexão entre aprendizado e experiências reais. Já no terceiro, o grupo trabalhou o protagonismo e a apropriação de desafios para liderar ações coletivas, com foco em práticas de confiança, comunicação não violenta, e inteligência emocional e relacional.

A metodologia utilizada baseou-se na Teoria U, criada pelo especialista em inovação Otto Scharmer, voltada para situações de mudança e desenvolvimento de liderança e tomada de decisões conscientes. As competências dos IDGs (Inner Development Goals, ou Objetivos de Desenvolvimento Interior) foram aplicadas para promover transformação pessoal e coletiva alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), visando resiliência, empatia e autoconsciência. “Os IDGs se fundamentam em cinco pilares: ser, pensar, relacionar-se, colaborar e agir, aspectos diretamente relacionados aos desafios enfrentados pelos conselheiros em suas comunidades”, comenta Márcia Alexandre.

Cada conselheiro analisou desafios pessoais e locais ao longo dos encontros. No último, realizado em outubro, o foco foi o planejamento estratégico 2025, com estratégias de engajamento colaborativo dos membros da Coalizão em suas regiões. “Compartilhamos o design de conexões do Instituto Amuta, organização que transforma as relações através do design, para discutir a colaboração em ecossistemas e o papel dos líderes. Cada grupo apresentou ideias e soluções para engajar conselheiros no planejamento de 2025. Também foi realizada uma avaliação da jornada de liderança sistêmica, mapeando habilidades e práticas que mais contribuíram”, explica Márcia.

Mariana Guimarães, consultora de Governança Nacional da Coalizão, destacou o valor do curso, da visão integrada e das práticas compartilhadas. “Aqui, provocamos reflexões sobre como agir em situações desafiantes nas cidades. Os encontros presenciais facilitam a troca e a interação entre conselheiros de diferentes regiões”, enfatiza.

Mão na massa

Sarah Monteiro Galdino veio com outros seis conselheiros do Coalizão Fortaleza. Coordenadora de Inovação e Empreendedorismo da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (SECITECE), Sarah levou os aprendizados para iniciativas como o Programa Corredores Digitais, um hub de inovação que fomenta, cria e desenvolve novos negócios, o CriarCE, um ambiente de inovação e empreendedorismo que apoia ideias e empresas com soluções baseadas em hardware, e a Jornada Bora Impactar, uma trilha de apoio ao desenvolvimento de negócios de impacto socioambiental do Corredores Digitais. “Essa formação mudou minha forma de liderar. Volto com mais ferramentas para aplicar com minha equipe”, afirma e compartilha que conseguiu defender um curso mais compacto de liderança corporativa para os projetos que atua.

Bryan Müller, coordenador da Coalizão Paranaguá e diretor executivo do Olha o Peixe!, elogiou o curso por oferecer metodologias para situações de mudanças e equilíbrio. Gostou especialmente da bússola interna e da comunicação não violenta. “Na semana seguinte, vamos focar e aplicar o que aprendemos aqui no planejamento estratégico de Paranaguá e em nosso evento de novembro, que será o Projeto Vitrine da região, o Festival Coaliza – Conectando as Pessoas e os Negócios de Impacto Positivo”. Antônio Abelém, professor e pesquisador da Universidade Federal do Pará e coordenador da Coalizão Belém, disse que o curso promoveu habilidades de escuta ativa e engajamento. “Precisamos reunir e ouvir cada integrante do conselho, pois observamos que aqueles com menos tempo desconhecem nosso ponto de partida. É importante dar um passo atrás para essa construção coletiva, de modo que todos cheguem à reunião mais engajados com os demais integrantes da Coalizão Belém do Pará”, conclui.

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