Coalizão pelo Impacto presente em mesa sobre ecossistema de impacto no 12º Congresso GIFE
Fernanda Bombardi, Andrea Azevedo, Adriana Barbosa, Emanuelly Oliveira e Guilherme Karam participam de debate no Congresso do GIFE
A Coalizão pelo Impacto marcou presença no segundo dia da 12ª edição do Congresso GIFE – Desafiando Estruturas de Desigualdades. Nesta quinta-feira (13), foi realizada a mesa Colaboração no Ecossistema de Impacto, mediada pela vice-diretora do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e responsável pela Coalizão Pelo Impacto, Fernanda Bombardi.
Também participaram do debate a conselheira da Coalizão pelo Impacto em Fortaleza, fundadora e educadora do Social Brasilis, Emanuelly Oliveira e o representante do parceiro estratégico e financiador da Coalizão, Fundação Grupo Boticário, Guilherme Karam, gerente de Economia da Biodiversidade da entidade. A mesa contou ainda com as presenças da CEO na Preta Hub, Adriana Barbosa e da diretora no Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo.
Durante a mesa, foram apresentados os desafios para uma atuação efetivamente colaborativa nas iniciativas que buscam gerar impacto positivo social, ambiental e em questões como equidade racial e combate à desigualdade. A Coalizão pelo Impacto foi citada como uma experiência que busca aumentar a cultura colaborativa no setor, uma vez que reúne investimentos de 10 entidades parceiras e atua diretamente em seis cidades, das cinco regiões do País.
A governança do programa por sua vez, tem seus próprios desafios, segundo Fernanda Bombardi. “São alinhamentos constantes, diários. Muito do trabalho do ICE, como secretaria executiva da Coalizão, é fazer a gestão dessa governança, que reúne, segundo o último levantamento, 148 pessoas. Esses alinhamentos são fundamentais para conseguirmos evoluir nos resultados e na cultura colaborativa”, explica.
Para Adriana Barbosa os avanços na cultura colaborativa do ecossistema de impacto são visíveis, mas é necessário avançar. Nas questões raciais, a executiva do Preta Hub afirma que está na hora de abandonar uma “visão colonialista” que persiste em algumas organizações ligadas às iniciativas de impacto. A quantidade de recursos também foi criticada. “Onde está o dinheiro grande? Precisamos não apenas das verbas de R$ 30 mil, R$ 40 mil, e sim do dinheiro grande de investimento”, avalia. “É muito difícil em uma sociedade que ensina só a competição, nas escolas, nas empresas, falar de cultura colaborativa. É um exercício individual, também, que temos que fazer”, acrescenta Andrea Azevedo.
Já Emanuelly Oliveira reforça que a colaboração deve ser acompanhada dos sentidos de prioridade e urgência diante dos retrocessos vividos no País que afetam de forma mais contundente pessoas em sua área de atuação que é no bioma da caatinga, interior do Ceará. “Como educadora, atuo com pessoas analfabetas ou analfabetas funcionais. Antes de falar em tecnologia, por exemplo, temos que falar sobre analfabetismo”, salienta.
O 12º Congresso do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) acontece em São Paulo, de 12 a 14 de abril, em formato presencial, após restrições impostas pela pandemia de Covid-19. É considerado o “maior encontro sobre Investimento Social e Filantropia no Brasil e reúne as principais lideranças do setor, dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes do poder público”. Entre os temas discutidos em 2023 estão, entre outros, as desigualdades que impedem negros, pessoas LGBTQIAP+, povos indígenas e comunidades tradicionais de acessar direitos garantidos pela Constituição Federal, equidade racial e de gênero, segurança alimentar e justiça climática.
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