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Coalizão pelo Impacto Porto Alegre foca no apoio à empreendedores de impacto e prevenção de riscos ambientais
Representantes do programa visitam a localidade para conhecer os parceiros e os negócios da região
O conselho local de Porto Alegre, no Rio de Grande do Sul, uma das cidades da Coalizão pelo Impacto, apresentou ao conselho nacional da iniciativa uma nova proposta de ação complementar, motivado pelos desafios climáticos enfrentados pela cidade entre maio e junho deste ano. Diante da urgência em contribuir para os esforços coletivos de recuperação e prevenção, especialmente no contexto dos negócios de impacto social, a proposta visa fortalecer o ecossistema local. O conselho nacional aprovou o apoio a dois projetos estratégicos, que serão implementados no segundo semestre de 2024: o Re-Cria POA e o De Volta para o Futuro – Resiliência e Inovação.
Em outubro, Carol Velasco, vice-diretora do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) esteve na localidade para participar do evento de premiação às iniciativas do Programa De Volta para o Futuro.
Além disso, Velasco conheceu alguns dos parceiros locais do ecossistema de negócios de impacto e inovação social, através de visitas e reuniões, e pode aprofundar os contatos com os atores que estão apoiando na execução das ações complementares. Ana Lúcia Maciel, coordenadora da Coalizão em Porto Alegre, comenta o trabalho que vem sendo feito no município.
“Porto Alegre se destaca pelos movimentos em prol da agenda de inovação, do empreendedorismo e da tecnologia, de modo que há uma boa receptividade e progressiva ampliação da pauta dos negócios de impacto nas ações de atores estratégicos. Sublinho a liderança das universidades e dos hubs locais que são estruturas do ecossistema que vem apoiando e fomentando o desenvolvimento desses negócios. (…) Diante do contexto de reconstrução do Rio Grande do Sul, em função dos impactos vividos pelas enchentes deste ano, tenho a convicção que a pauta dos negócios de impacto se fortalece, pois a sustentabilidade e a resiliência são imperativos nesta agenda”, disse Maciel.
Com a enchente devastadora que atingiu Porto Alegre surgiu uma necessidade clara: apoiar e revitalizar a economia local, especialmente os negócios de impacto socioambiental, que atuam diretamente com as comunidades afetadas. Ana Lúcia contou sobre os programas construídos pela governança local nesse contexto.
“No âmbito da Coalizão, estruturamos em junho dois grupos de trabalho, compostos por membros do ecossistema local que atuam como conselheiros locais, para mapear necessidades imediatas dos empreendedores e Negócios de Impacto Socioambiental (NIS) que foram, diretamente, impactados pelas enchentes e, também, buscar soluções para o enfrentamento futuro de novos desastres, fortalecendo iniciativas que já estão sendo desenvolvidas na cidade. Da ação desses grupos de trabalho, emergiram dois programas: o Re-Cria POA e o De volta para o futuro – resiliência e inovação que se constituem nas entregas da Coalizão nesse processo de reconstrução local”, disse Maciel.
O Instituto Coria executará o Re-cria POA, iniciativa que busca apoiar empreendedores que foram impactados pela enchente. Ao todo, quatorze empreendimentos foram selecionados para receber consultorias e mentorias especializadas, além de, no mínimo, seis mil reais de capital paciente, um investimento de longo prazo, com possibilidade de aporte adicional conforme suas necessidades específicas. Saiba mais sobre os projetos.
Revitalização e reconstrução
A sétima edição do Tecnopuc Experience aconteceu no dia 03 de outubro, no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, que é parceiro do ICE na coordenação da Coalizão pelo Impacto desde o seu lançamento, em 2022. No evento, o ICE prestigiou a premiação do programa De volta para o futuro: resiliência e inovação, que premiou sete iniciativas do ecossistema, numa corealização que envolveu: a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Pacto Alegre, Farol Hub Social/Tecnopuc, Instituto Helda Gerdau, Instituto Beja, Fundação Gerações e Mars.
O programa teve como objetivo identificar e apoiar iniciativas (projetos e/ou startups) nas áreas de prevenção, redução e gestão de riscos ambientais e/ou sociais em desastres, além de mobilizar capital filantrópico para apoiar iniciativas locais, vinculando-as ao ecossistema local para acelerar o desenvolvimento e consolidando-as em um portfólio de soluções em desastres a ser divulgado pelos realizadores.
“Foram identificadas 18 startups, que tiveram a oportunidade de, no mês de setembro, participar de mentorias que apoiaram as iniciativas em seus modelos de negócio e as prepararam para o pitch que definiria os selecionados. Foram selecionadas sete e mesmo as não selecionadas seguem no radar”, explicou Carol Velasco. “Inspirador ver de perto como a governança local, os conselheiros, professores, aceleradoras, setor público, setor privado e empreendedores estão criando transformações significativas na economia de impacto. Foi muito bom estar por perto”, complementa.
Conheça os projetos
Ciclo Reverso, Ecosynth, Hopeful, Igapó, Pura, Tidesat e Upsensor.
Perspectivas de um olhar sustentável
Ana Lúcia deu sua visão geral sobre o papel da Coalizão na reconstrução de cidades atingidas por tragédias ambientais.
“É fundamental que atores como a Coalizão que atuam como uma verdadeira “inteligência coletiva” possam dosar a necessidade de ajuda imediata para atuar, igualmente, de forma mais estratégica e orquestrada, elaborando diagnósticos e propostas direcionadas para o momento posterior que é o da reconstrução. Há, também, o trabalho educativo que organizações como a Coalizão podem aportar, disseminando formações na área e fortalecendo o ecossistema para atuar de forma mais resiliente. Por fim, a mobilização de doadores/financiadores para apoiar a reconstrução é fundamental, mas precisa vir acompanhada desse olhar mais sustentável que comentei há pouco, pois o desafio de reconstruir nos convoca a fazê-lo sob novas bases”, finalizou Maciel.
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