Ceará dá um grande passo em direção à Economia de Impacto

Resultado das articulações entre Coalizão pelo Impacto, conselho e organizações locais, governo estadual cria Comitê de Negócios de Impacto para fortalecer o ecossistema socioambiental

O decreto n° 36.101, assinado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas, no início de julho, cria o Comitê Estadual de Negócios de Impacto (CENI). A iniciativa visa promover um ambiente favorável ao surgimento e ao crescimento de negócios de impacto socioambiental no estado.

Vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), o comitê será composto por representantes de diversas secretarias e entidades, como a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Agência de Desenvolvimento do Estado (ADECE), e universidades. Além disso, contará com a participação de convidados de outros órgãos estaduais, como a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e de instituições como o Sebrae-CE.

“Desde o ano passado, a Coalizão pelo Impacto puxa essa agenda junto à Somos Um, organização co-realizadora da Coalizão. Houve um trabalho com a SDE e a SECITECE para atualizar a lei, aprovar o decreto e constituir o comitê no Ceará”, conta Bia Fiuza, coordenadora da Coalizão Fortaleza.

A criação do CENI faz parte da missão de implementar a Política Estadual de Investimentos e Negócios de Impacto, promovendo políticas públicas e estratégias de apoio ao ecossistema de impacto. O Ceará é o terceiro estado da federação a aderir à economia de impacto.

“Esse foi um passo muito importante para a agenda de impacto. Isso significa que o poder público deve buscar desenvolver programas e integrar as secretarias para fortalecer essa política pública”, destaca Salmito Filho, secretário do Desenvolvimento Econômico (SDE), em nota divulgada.

Adesão ao Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto)

Em junho, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançou o Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) para promover negócios que resolvam problemas socioambientais com lógica de mercado. O Ceará, como um dos signatários, está estruturando políticas públicas estaduais para fomentar essa economia e enfrentar desafios socioambientais.

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