União pelo desenvolvimento sustentável
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31 de outubro de 2023Notícias
Banrisul no fomento aos negócios de impacto
Edital de inovação do banco de desenvolvimento contou com 43 projetos inscritos e valor de demanda de cerca de R$ 100 milhões
Os bancos de desenvolvimento têm obrigação de apoiar iniciativas ligadas aos negócios de impacto. A avaliação é do gerente executivo do Banrisul, Tiago Fernandes. Recentemente, a instituição realizou um edital de inovação de negócios de impacto socioambiental, que contou com 43 projetos inscritos, com valor da demanda de R$ 100 milhões. Além disso, o Banrisul estreitou relacionamento com a Coalizão pelo Impacto, visando levar mais conhecimento para o time do banco sobre o tema.
Veja a seguir os principais pontos da entrevista com Tiago Fernandes.
COALIZÃO PELO IMPACTO – Qual o papel de um banco de desenvolvimento nos negócios de impacto?
Tiago Fernandes – Temos na nossa essência o papel de desenvolvimento econômico e social. Somos um banco múltiplo e também somos banco de desenvolvimento e estadual. Dada a nossa representatividade, nosso papel é fundamental (no ecossistema de negócios de impacto). Já trabalhávamos com projetos de desenvolvimento com viés de impacto social ou ambiental, mas recentemente fizemos um edital de inovação específico para projetos de impacto (positivo).
CI – Quais referências o Banrisul tem usado para inspirar sua atuação nesta agenda?
TF – Fomos muito inspirados no BNDES Garagem (iniciativa que tem a missão de desenvolver e fomentar o empreendedorismo no Brasil por meio do apoio a empreendedores e startups), que é voltado para negócios de impacto. Além disso, o banco tem internamente essa cultura de atuar com sustentabilidade e se aproximou da Coalizão para saber como apoiar esses empreendedores. Negócios que tenham impacto social e ambiental são fundamentais e, como banco público, é uma das nossas obrigações apoiar essas iniciativas.
CI Recentemente, o Banrisul lançou um edital de inovação em negócios de impacto socioambiental. Como foi essa experiência?
TF – Fizemos um edital nichado e foi muito procurado. Ao todo foram 43 projetos submetidos, com valor da demanda de R$ 100 milhões. Desses, 27 foram selecionados, que poderão financiar até R$ 15 milhões junto ao Banrisul e a expectativa é conceder até R$ 50 milhões, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foram projetos muito interessantes do ponto de vista social e ambiental e a resposta dos empreendedores foi muito bacana.
CI – Na sua avaliação, quando este segmento deve começar a ganhar tração nos investimentos?
TF – Participo de alguns grupos com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e instituições de fora do país e se fala muito sobre negócios de impacto. Nos últimos anos, a gente sofreu muito com problemas climáticos, vendo acontecer toda semana algum desastre natural e tudo isso é fruto da questão ambiental. O negócio de impacto tem a sua importância no social e também no ambiental. Não tem como fugir disso, tem que avançar nessas discussões. É um tema frequente, que veio para ficar e ganhar cada vez mais espaço.
CI – E qual a importância da Coalizão pelo Impacto neste processo?
TF – Tem sido uma parceria muito importante. A Coalizão está dando treinamentos ao time do banco e estamos aprendendo muito sobre o assunto. Não é feio ganhar dinheiro, mas ganhar dinheiro fazendo algo que faz bem social e ambientalmente é ainda melhor. Precisamos, agora, difundir e levar conhecimento não só para empreendedores, mas para todas as pessoas enxergarem oportunidades de negócios. É assim que vamos conseguir trazer muito mais gente, multiplicar o conhecimento para multiplicar as oportunidades.
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