Evento no Pará inicia série de discussões sobre aplicações e recomendações ao Simpacto na região norte do Brasil

Encontro reuniu diferentes atores sociais de diversos setores da economia de impacto para produzirem recomendações de políticas públicas

“Desejamos fortalecer a identidade amazônica para garantir a preservação da floresta e colaborar no desenvolvimento de políticas públicas e privadas para transformar socialmente o território. A floresta nos chama!” afirmou Antônio Abelém, engenheiro e professor da Universidade Federal do Pará, coordenador da Coalizão pelo Impacto no Pará, em um manifesto final do I Fórum Norte de Investimento e Negócios de Impacto – Etapa Estadual Pará, realizado nos dias 10 e 11 de julho na Universidade Federal do Pará.

O evento, organizado pela Coalizão pelo Impacto e pelo Grupo de Articulação Pró-Simpacto com apoio da Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto) e da Aspen Network of Development Entrepreneurs, integrou a 76ª Reunião Anual da SBPC. Reuniu representantes de órgãos públicos, privados e da sociedade civil para discutir políticas públicas, visando um impacto socioambiental positivo e uma economia mais inclusiva e regenerativa para a Região Norte. O objetivo principal foi estruturar o Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), lançado pelo governo federal em 20 de junho.

Este foi o segundo de uma série de fóruns regionais preparatórios para o Fórum Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto, que ocorrerá em 2025. As discussões incluíram plenárias e grupos de trabalho para formularem recomendações locais e analisarem o Plano Decenal da Enimpacto para a Região Norte.

Karina Martins de Souza, turismóloga e mestre em ensino, criatividade e inovação e coordenadora da Coalizão Pará, destacou a importância do evento para discutir o aumento de negócios de impacto e o fortalecimento das instituições na região. Segundo ela, o evento proporcionou uma oportunidade para que os grupos do interior se conectem com as redes de empreendedorismo em Belém. “As pessoas dos interiores, do outro lado do rio, que possuem um negócio de impacto e trabalham numa dinâmica socioambiental, elas não se veem acolhidas nos espaços de empreendedorismo em Belém do Pará”, ressaltou. 

Os participantes também produziram cinco manifestos sobre suas expectativas e contribuições. Thiago Uchoa, engenheiro especializado em arquitetura sustentável e idealizador do Bein, enfatizou a importância do fórum para discutir o papel dos empreendedores amazônicos na criação de um ambiente favorável para investimentos em negócios de impacto, além de enriquecer o conhecimento sobre bioeconomia e sustentabilidade.

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